terça-feira, 24 de maio de 2011

Rio Boat Show 2011 II – As Máquinas dos Sonhos

Dando seqüência aos comentários sobre o Rio Boat Show 2011, hoje vou falar um pouco daqueles barcos que são o sonho de consumo de grande parte dos visitantes do evento.

O que não faltou no RBS 2011 foram barcos capazes de virar a cabeça e despertar desejos.

Tanto entre os poucos (mas espetaculares) veleiros como entre as inúmeras lanchas (e aqui uso o termo no sentido amplo de barco a motor, muitos dos quais dignos de serem chamados de iates), o que se viu foi um estaleiro tentando ultrapassar o outro no quesito “luxo” das embarcações apresentadas.

Eram monocascos, catamarãs, trawlers e lanchas de marcas importadas consagradas como Beneteau, Jeanneau, Princess, entre outros, e lançamentos fantásticos dos grandes estaleiros nacionais como Intermarine, com uma linha completa de barcos totalmente renovada, Azimut, agora com uma unidade fabril em Itajaí/SC, Schaefer, com a nova 60 pés, etc.

Diferentemente da (desagradável) experiência do São Paulo Boat Show 2010, o acesso aos stands e barcos dos grandes estaleiros me pareceu mais fácil no RBS2011, apesar de em alguns deles ainda se ter que passar pelo tal “cadastramento”. Por que todos não fazem como, por exemplo, a Intermarine, que coletava os dados dos visitantes mediante simples e rápida leitura ótica do código de barras do crachá? É muito mais fácil e agradável, afinal de contas, o cadastro para ingresso no evento já era bem completo.

Os barcos da Beneteau, tanto veleiros quantos lanchas, apresentaram o costumeiro requinte no acabamento, que já não surpreende ninguém – é o padrão deste fabricante francês. O que merece destaque são algumas ótimas soluções de engenharia, coisas práticas e super bem-boladas mesmo. Interessantes os fast trawlers, que passarão a ser produzidos no Brasil, na unidade de Angra (Verolme).



Os veleiros da Jeanneau também não ficaram atrás dos seus conterrâneos e mantêm o acabamento esmerado que já há muito consagra a marca.


Dentre os grandes estaleiros nacionais de lanchas merecem destaque, além da nova 60 pés da Schaefer, a renovada linha da Intermarine, que trouxe ao Rio suas novas 42, 60 e 75 pés e já está preparando novidades para o salão de São Paulo deste ano.





Aliás, quero abrir aqui parênteses para elogiar o atendimento no stand da Intermarine.  Apesar de não termos demonstrado interesse na aquisição imediata de qualquer dos produtos do estaleiro, fomos sempre muito bem recebidos na diversas vezes em que estivemos no stand, bem como nas visitas às embarcações expostas.

A feira é, na minha concepção, um lugar para, primeira e principalmente, exibir os produtos. O fechamento de negócios deve ser decorrência, e não o foco principal do expositor.

Abraços, bons ventos e até a próxima.

P.S. - todas as imagens desta postagem são do Blog do Rio Boat Show 2011 da Revista Náutica Online.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Rio Boat Show 2011

Estive no Rio de Janeiro entre os dias 29/04 e 03/05 para, dentre outras coisas, ir ao Rio Boat Show.

Dizer que o evento tem muitíssimo mais barcos a motor do que a vela é chover no molhado. Mas, infelizmente, esta é uma realidade não só no Brasil, mas em quase todo o mundo - o mercado de motor é maior que o de vela. E o salão retrata isso. Além disso, como o evento é cada vez mais voltado ao mercado de alto luxo, diversos expositores tinham pouco (ou nada) a ver com o mercado náutico, mas tudo a ver com luxo, sofisticação e consum(ism)o.

Este ano, nem os stands das lojas náuticas apresentavam as miudezas que nós velejadores costumamos procurar nos salões - era só a linha top mesmo.

Mas mesmo com esse quadro não muito animador, algumas coisas boas se destacaram.

Primeiro, tem mais veleiros este ano do que lembro que houvesse em anos anteriores - tá bem, quase todos top de linha, com preços de assustar, mas mesmo assim, um razoável número de veleiros.

Dentre eles, uma novidade ansiosamente aguardada pelos amantes de multicascos de cruzeiro, entre os quais me incluo - o CatFlash35, do estaleiro Craftec.

O barco está muito bonito, bem resolvido e com algumas soluções bem interessantes. Infelizmente não foi possível realizar um test-drive, mas não faltarão oportunidades.





Além disso, hoje tive a oportunidade de fazer um test-drive no inflável Flexboat SR1000. Apesar de não ser um grande apreciador de barcos a motor, sempre gostei dos infláveis de fundo rígido, por sua versatilidade e boa navegação, e o SR1000 não é exceção à regra.

O barco navega bem e, mesmo nas ondas desencontradas da barra da Baía da Guanabara, não dá pancadas secas, tão incômodas aos tripulantes.

Além de um posto de pilotagem com ótima ergonomia, o SR1000 apresenta um console central que abriga um banheiro de dimensões generosas e com um box com pé-direito de 1,80m. Não esquecendo de mencionar as enormes e confortáveis espreguiçadeiras existentes no solário de popa, em cima da casa de máquinas,  e uma grande quantidade de assentos estofados por todo o barco.